- Bem, quem é que começa a contar?
- Começa tu, Rita!
- Não, não. Começa tu Inês!
- Bem lá vou ter que ser eu … Nós vamos contar-vos a nossa grande aventura. Eu sou a
Inês Oliveira.
- E eu sou a Rita Martins.
- Temos 24 anos e somos de Lisboa…
- Sim, mas acção toda começa bem longe de Lisboa.
- ENTÃO MAS NÃO QUERIAS QUE EU CONTASSE A HISTÓRIA?!
- Sim sim, desculpa…
- Continuando, Então nós: Eu e o Pedro, o meu namorado; e a Rita e o seu “Dioguinho”. Estávamos no nosso descapotável a caminho da casa das nossas amigas no Alentejo.
- Vá, quando tiveres farto de conduzir, diz que eu conduzo… Agora vou ver se durmo uma beca… - Disse o Diogo ao Pedro encostando-se há Rita no bando de trás.
- Sim mano…não te preocupes. Não vale é fazer barulhinhos estranhos, Ouviram?
- AI QUE PARVO! Cala-te oh! – Disse-lhe a Inês rindo-se.
Lá íamos os 4 no nosso maravilhoso descapotável, para uma fantástica viagem, ao som de: Simple Plan - Welcome To My Life. No Banco da frente, Inês e Pedro conseguiam sentir a brisa fresca do vento que lhes passava por entre os cabelos enquanto curtiam a música que passava na rádio, enquanto no banco de trás, Rita e Diogo, dormiam ferrados, bem agarradinhos. Já passados bastantes quilómetros o Pedro decide encostar o carro numa área de serviço, para comermos alguma coisa. Estacionou o carro, ele e Inês foram buscar a comida deixando os seus companheiros a dormirem no banco traseiro. Voltados da área de serviço:
- Pombinhos, acordem, não querem comer nada? – Chamou-os a Inês.
- Hey! Onde estamos?! – Perguntou a Rita abrindo lentamente os seus olhos ainda encadeados com os raios de sol.
- Epá comida! Já se trincava alguma coisa, já! – Afirmou o Diogo esfomeado.
Acabámos de comer qualquer coisa, e voltamos a seguir viagem até ao nosso 1º destino: o Alentejo. Mas desta vez foram Diogo a conduzir e Rita ao seu lado, Inês e Pedro atrás. Todos com a maior boa disposição, a cantar, por entre gargalhadas muito amor e alegria para a longa viagem.
--- (Rita) ---
Quando chegamos, o Diogo estacionou ao lado da casa dos avós da Ana…
- Malta, acordem. Já chegamos. – Disse o Diogo, acordando o Pedro e a Inês.
- Já chegamos? – Gritou a Inês, super contente.
- Shiu.. A Rita adormeceu… - avisou o Diogo
- Então bora acordá-la! ÓH RITA!! – Disse o Pedro
- Epá Shiiiu! Vão-se lá embora que eu levo-a.
- Ok, pronto. Bora, Pepe. – Então a Inês e o Pedro dirigiram-se para a porta de entrada na casa de férias maravilha.
O Diogo desligou o carro e foi até ao outro lado onde me pegou ao colo, levando-me para dentro.
- Já chegamos? – sussurrei.
- Dorme.. – beijou-me a testa – Olá! – disse quando entrou – onde é que eu posso deixar a cinderela?
- o que é que ela tem? – perguntou a Mariza
- Sono – ri-se
- Anda. Este é o vosso quarto. – A Ana encaminhou-nos para o nosso quarto e ele deitou-me na cama onde me deixou a dormir.
Ele voltou para a sala e cumprimentou toda a gente.
- Então Diogo? A Rita fica a dormir?
- Oh, Sim… hoje não dormimos nada há noite.
- Uhhh! – disseram em uníssono.
- A minha irmã não se estava a sentir bem… Fomos com ela para o hospital.
- A Bruna? O que é que ela tem?
- Sim, deu-lhe uma crise de asma, mas já está tudo bem… A minha mãe foi buscá-la lá a casa hoje de manha.
- Podias tê-la trazido… - disse a Ana
- Achas? Tou de férias.. – ri-se
- Bem, vocês querem descansar? – perguntou a Tixa – nós fazemos o jantar
- Não, nós também ajudamos, né Inês? – Chutou o Pedro.
- Sim sim, claro.
Fizeram o jantar e eu continuava a dormir, e o Diogo também não tinha dormido nada, por isso devia de estar super cansado.
Quando me levantei, dirigi-me para a sala, ainda meia tonta do sono.
- Olha quem é ela.. Então chavalinha? – Sentei-me ao pé dele no sofá – tas com uma cara de sono..
- Tenho fome. – encostei a cabeça ao ombro dele.
- A Inês tá mesmo a acabar, e já vamos.
- Meninos! Já podem vir para a mesa. – Chamou a Inês.
- Olha.. por falar no diabo. Bora lá. – dirigimo-nos para a sala de jantar.
- Oláá!! – disse-lhes.
- Olha a dorminhoca.. – abracei-as
- Desculpem não ter ajudado.. Estava tão exausta. Hoje lavo eu a loiça.
- Sim sim, ela lava, mas agora vamos comer, que eu estou faminto! – diz o Pedro.
- Espero que gostem, meus amores. – O jantar era esparguete com almôndegas.
- Hoje vamos comer isto, mas amanha vamos comer pratos típicos do Alentejo. – disse a Ana
- Desde que haja pão alentejano, tudo bem. – disse eu, rindo-me
- Olha que o pão engorda, leitãozinho. – gozou o Diogo
- Então precisas mesmo de comer muito pão óh lingrinhas.
- Mas olhem, vamos sair hoje… ou não? – perguntou o Pedro.
- Népia… hoje pelo menos eu quero ficar aqui. – disse o Diogo.
- Sim, a mim tb não me está a apetecer muito hoje.. – avisou a Inês.
- Então pronto, ninguém vai. Ficamos aqui a ver um filme, ou assim. Qué tal? - sugeriu a Mariza
- Sim, também me parece bem. – Responde o Gui.
---- (Inês) ---
- Então, qué que querem ver? – perguntou a Ana, com o computador na mão, pronta para escolher um filme e colocar na televisão.
- Tá me a apetecer ver um filme de terror. – Disse o Diogo.
- Não terror não, odeio esses filmes, fico sem dormir o resto da semana. E ainda por cima a uma hora destas, estão é malucos. – Disse medrosa.
- Oh o Pepe tá aqui para te proteger dos monstrinhos. – Brincou a Rita.
- Ah ah, não tem piada nenhuma, se quiserem ver, vejam vocês. Vou para o quarto. – Voltei a falar.
- Éééé … Oh Inês não sejas cortes fogo, anda lá, fica aqui a ver um filme com o pessoal. – Pediu o Diogo.
- Ya amor, fica, se não tiveres a gostar eu vou contigo para o quarto. – Disse-me o Pedro dando-me um beijo. Aqueles seus olhos azuis olham fixavam os meus, não consegui dizer que não.
- Hummm…Está bem, eu fico, mas se começar a abusar vou embora, estou já a avisar.
- Ok! – Responderam em coro.
Deitei-me num sofá agarradinha ao Pedro, ao nosso lado estavam a Rita e o Diogo, e no outro sofá estavam a Tixa, a Mariza e a Ana que se juntou a elas depois de colocar o filme. Já ia em 15 min. de filme e eu já nem olhava para o ecrã, mantinha a minha cabeça bem colada ao peito do Pedro.
- INÊS! – Gritou-me o Diogo, tocando-me no braço.
- QUE É?! – Respondi assustada. – Fonix Diogo! Olha p’ra mim já chega!
- Então Inês? Não ficas até ao resto do filme? O Diogo só estava na brincadeira, não ligues, já sabes como ele é. – Disse-me a Rita.
- Sei, e por saber é que vou indo, vens Pedro?
- Queres mesmo ir já?
- Se quiseres ficar até ao fim do filme por mim é na boa. – Assim que disse isto, levantei-me e a luz apagou-se. – O QUE FOI ISTO? – Gritei apavorada. Voltando a sentar-me. Agarrei-me com força ao Pedro.
- Calma amor, eu estou aqui. – Tentava acalmar-me, abraçando-me também.
- Só espero que não seja outras das tuas gracinhas Diogo. – Disse.
- Népia népia. Juro que desta vez não tenho nada a ver. Deve ter sido um curto-circuito ou assim. Eu vou lá ver o quadro eléctrico, só preciso de encontrar a lanterna.
- Eu vou contigo Diogo. – Disse a Rita agarrando-lhe a mão.
O Diogo já tinha encontrado a lanterna e iam os dois até ao exterior da casa onde ao lado tinha um barraco velho com algumas arrumações e o quadro eléctrico. O Diogo acendeu-o sem problemas mas lá fora estava muito escuro e a Rita acabou por tropeçar num buraco e caiu.
- Ai! – Disse a Rita assim que chegou ao chão.
O Diogo assim que ouve a queda da sua namorada vira-se e rapidamente vai ter com ela:
- Então Rita?! Que aconteceu amor?
- Não sei, tropecei num buraco e caí.
- Anda, eu ajudo-te a levantar. – Disse o Diogo pondo o braço da Rita há volta dos seu pescoço.
Assim que o pé da Rita tocou no chão, voltou a queixar-se.
- Au! Acho que fiz um entorse.
- Eu levo-te a casa e já vemos isso melhor. – Dito isto, Diogo agarra na Rita ao colo levando-a para dentro.
- Está tudo bem meninos? – Perguntou a Mariza preocupada. – Ouvimos uns barulhos.
- Nada de mais, os barulhos que ouviram, foram desta desajeitada a cair. – Tentou o Diogo brincar com a situação pousando a Rita num dos sofás.
- Que aconteceu Rita, estás bem? – Perguntei eu.
- Deixem passar o médico! – Dizia o Pedro afastando-nos a todos do caminho.
- Oh Pedro não te vais pôr agora a inventar. – Avisou a Tixa.
- Claro que não, para vossa informação tirei um curso de primeiros socorros durante o Verão. Deixa cá ver esse tornozelo. – Afirmava o Pedro enquanto examinava o tornozelo da Rita. – Humm… Está um pouco inchado, nada de grave, foi um pequeno entorse, só precisas pôr gelo, descanso e muitos miminhos. – Acabando de dizer esta última palavra, Pedro olhou para Diogo piscando-lhe o olho.
- Gelo, eu vou buscar gelo. – Disse a Ana.
- Olhem já está a ficar tarde, acho que nos devíamos ir deitar para amanhã acordarmos todos fresquinhos que nem umas alfaces verdinhas. – Concluiu a Mariza.
- É pessoal, a Mariza tem razão. E Rita vê lá se descansas e te pões boa rápida, porque a semana ainda agora começou. – Disse a Ana.